Os currículos brasileiros e suas políticas sob as perspectivas socioculturais da Educação Matemática: das prescrições aos currículos pensadospraticados
DOI:
https://doi.org/10.47764/e20011010Palavras-chave:
Política curricular, Etnomatemática, Currículo de matemática, DesinvisibilizarResumo
O propósito deste texto consiste em sistematizar os principais tópicos alcançados pelas práticas-pesquisas no contexto do Grupo de Estudos e Pesquisa em Etnomatemática (GEPEm) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, que buscam discutir, sintetizar e endereçar as principais contribuições e indagações formuladas no âmbito das perspectivas socioculturais da Educação Matemática para/sobre os currículos de matemática e suas políticas. Para isso, consideram-se as prescrições curriculares brasileiras, desde a primeira metade do século XX até a presente década, para discuti-los à luz de autores e epistemologias que reconhecem a necessidade de pensar os currículos sob as perspectivas que consideram o conhecimento matemático escolarizado em função das relações e das práticas socioculturais que permeiam sua formulação como saber.
Referências
ANPEd, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação. ABDC, Associação Brasileira de Currículo. (2015) Ofício nº 01/2015 – GR: Exposição de motivos sobre a Base Nacional Comum Curricular. Recuperado de:http://www.anped.org.br/sites/default/files/resources/Of_cio_01_2015_CNE_BNCC.pdf
Arroyo, M. (2013). Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes.
Ball, S. (2001). Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículos sem Fronteiras, 1 (2), pp. 99-116.
Bauchspies, W. & Restivo, S. (2001). O Arbítrio da Matemática: mentes, moral e números. Bolema, 14, (16), pp. 1-20.
Bigode, A. J. L. (2019). Base, que base? O caso da matemática. En: Cássio, F. & Catelli Jr., R. (eds.). Educação é a Base? 23 educadores discutem a BNCC (pp. 123-144). São Paulo: Ação Educativa.
Bonamino, A. & Sousa, S. Z. (2012). Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa, 38 (2), pp. 373-388.
Brasil. (1997). Parâmetros curriculares nacionais: matemática/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF.
Brasil. (2004). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana — Brasília: Ministério da Educação.
Brasil. (2010). Relatório de análise de propostas curriculares de ensino fundamental e ensino médio/ Maria das Mercês Ferreira Sampaio (ed.) — Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Básica.
Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Recuperado de: http://basenacionalcomum.mec.gov.br
Costa, W. N. G. & Silva, V. L. (2010). A desconstrução das narrativas e a reconstrução do currículo: a inclusão dos saberes matemáticos dos negros e dos índios brasileiros. Educar em Revista (Impresso), 36, pp. 245-260.
Costa, W. N. G. & Silva, V. (2016). À Sombra do Baobá: A Cultura Negra na Educação Etnomatemática. Educação em Foco, 21, pp. 685-707.
D’Ambrosio, U. (2010). From Ea, through Pythagoras, to Avatar: Different Setting for Mathematics, Mathematics in Different Settings. En: PINTO, M. M. F.; KAWASAKI, T.F. (eds.) Proceedings of the 34th Conference of the International Group for the Psychology of Mathematics Education/PME, Belo Horizonte, 1, pp. 1-20.
D’Ambrosio, U. (2020). Ethnomathematics: past and future. Revemop, 2, pp. 1-14.
D’Ambrosio, U. & Domite, M. C. S. (1997). A conversation with Paulo Freire. For the Learning of Mathematics, 17 (3), pp. 7-10.
Domite, M. C. S. (1993). Problematização: um caminho a ser percorrido em educação matemática. (Tesis doctoral). Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
Dourado, L. F. & Aguiar, M. A. (eds.). (2018). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas. Recife: ANPAE.
Ernest, P. (1991). The philosophy of mathematics education. Abingdon: Routledge Falmer.
Gomes, N. L. (2017). O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes.
Lopes, A. C. (2005). Política de currículo: recontextualização e hibridismo. Currículo sem fronteiras, 5 (2), pp. 50-64.
Lopes, A. C. & Macedo, E. (2011). Teorias de currículo. São Paulo: Cortez.
Oliveira, E. C. (2002). Currículo recomendado, ensinado e aprendido: o currículo de Matemática da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. São Paulo: Arte & Ciência.
Oliveira, I. B. (2012). O currículo como criação cotidiana. Petrópolis: DP et Alii.
Palanch, W. B. L. (2016). Mapeamento de pesquisas sobre currículos de Matemática na Educação Básica brasileira (1987 a 2012). (Tesis doctoral). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Pires, C. M. C. (2008). Educação Matemática e sua Influência no Processo de Organização e Desenvolvimento Curricular no Brasil. Bolema, 21 (29), pp. 13-42.
Pires, C. M. C. & Silva, M. A. (2011). Desenvolvimento curricular em Matemática no Brasil: trajetórias e desafios. Quadrante, XX (2), pp. 57-81.
Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP/SME). (1992). O Movimento de Reorientação Curricular na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo: Documento 5 – Visão de área (Matemática). São Paulo: SME.
Sachs, L. (2018). Currículo de matemática na educação do campo: panoramas e zoons. Zetetiké, 26 (2), pp. 404-422.
Santos, B. S. (2007). Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo.
Valero, P. & Skovsmose, O. (eds.). (2012). Educación matemática crítica. Una visión sociopolítica del aprendizaje y la enseñanza de las matemáticas. Bogotá: Una empresa docente.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Júlio César Valle
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.